quinta-feira, 11 de outubro de 2012

refri enquanto metáfora dos prazeres destrutivos

parei de tomar refri. desde ontem. li uma notícia sobre os malefícios, como tantas outras que li antes, e, por um motivo que eu não sei direito definir ainda, fiquei assustada e decidi, pelo menos, evitar.

conversando ontem revivi um episódio de loucura etílica no qual uma das amigas presentes decidiu parar de beber enquanto outras continuamos. foi um dos maiores papelões da minha vida, embora tenha sido muito divertido. mas o que me surpreendeu foi descobrir que a amiga que parou de beber realmente se divertiu tanto quanto eu ou mais, e sem fazer nada de que se arrependeu depois (não fiz nada grave nesse dia, mas paguei uns bons miquinhos).

falamos sobre uma possibilidade de diversão que se baseia unicamente na qualidade da interação consigo mesmo e com os outros, ou seja, em relaxar e curtir sem a ajuda de entorpecentes. e em como saber que isso é possível te dá até a possibilidade de escolher usá-los. tudo acaba se tornando uma grande relativização do bem estar, e a principal medida para mantê-lo, com entorpecentes ou não, é respirar fundo e sentir o clima.

cada vez que eu penso na coca-cola, respiro fundo. enquanto respiro, penso na quantidade de coisas horríveis que estou deixando de ingerir, e isso me ajuda.

o próximo passo é aplicar isso a outras 'coisas' incomodativas que eu insisto em manter por perto de puro vício, mas que não acrescentam, pelo contrário.

companhia, principalmente companhia que te chineleia, entorpece.

e "sweet oblivion" é bom, mas "oblivion", sem adjetivos, é sacanagem com a tua própria inteligência. bora respirar fundo, sentir o clima e insistir nos malefícios do que é ruim.

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