segunda-feira, 29 de julho de 2013

crise managment

forcei a barra, porque não conseguiria fazer outra coisa. decidi que ia ceder, que a culpa era toda dele e que eu não ia mais me segurar e que ele que se virasse pra conviver comigo e com ela ao mesmo tempo porque eu ia aceitar todos os convites dele pelo tempo que ele aguentasse. e que se fodesse.

dois dias depois acontece o que ninguém previa: há mais um solteiro na cidade. ele teve estômago e coração de fazer o mais certo, apesar do medo. gamei mais.

acabou me dizendo que foi por minha causa. tenho um pouco de medo porque meu discurso sempre foi o de que ele tinha que fazer isso por si mesmo e não por mim, porque todos sabemos que eu não sou "confiável", que eu mudo de ideia, que eu não vou monogamear nunca mais e etc.. além de que ele não sabe que eu sei que ele já corneava ela antes (não conto que a amiga contou pq tenho bom senso), então eu sei e ele também que isso era mesmo a melhor coisa a fazer por ela. escrevo justamente para conseguir me organizar, senão fico ficando com pena dele, e não dela e nem de mim, que somos as que mereceríamos. ele ainda está falando com ela, e eu encorajo. meu problema não é mais gente, é mais mentira.

de qualquer forma, reina a calmaria, como fazia semanas que não.

minha insensibilidade aparente é sensibilidade em demasia, no fundo. é importante que isso fique claro, até pra mim.

ele é todo laranja, com pele de ruivo de cetim. por hora é só isso que eu sei.

domingo, 21 de julho de 2013

descontrole emocional

tá, e aí?
não vai falar comigo?
acho que é muito fácil ficar plantando coisas nas pessoas até que elas ficam furiosas o suficiente para serem estúpidas contigo e depois ficar na sua por uma hora sem nem se pronunciar.
eu sei que eu talvez tenha passado a linha, mas foi só porque tu me mandou aquela mensagem liberando ligações de tarde. como assim, sabe? complô não.
eu to sofrendo.
cada minuto a mais naquela contagem que eu deixo aberta de masoquista me mata um pouco mais.
aí tu fica off de novo, e de novo, e eu morro mais toda vez.
aí eu fico vendo tuas coisas na internet por inercia e não tem nada novo e eu sou obrigada a ver as coisas que a excelentíssima comentou meses antes.
mas ainda é melhor que ver elas surgindo na timeline simultanemente ao crescimento da paixão que nem na semana passada.
tu queria o que também? minha paciência de jovem tem limites.

veio. here we go again.

coração batendo nos tímpanos

terrorismo do amor. mais terrorismo que amor, na prática. mas muito amor por trás do terror.

lancei uma trégua depois de um xingamento que estou exitando descrever como "primeiro", mas que pode-se dizer que foi. 18 minutos, ele entrou a uns 12 e nem visualizou.

sou toda arrepios e suspiros. queria que isso sumisse.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

missão

mais amor. é só o que se escuta nessa cidade. mais amor e mais liberdade. e mais transparência. e mais responsabilidade e justiça. e mais curtição. e mais comidas naturais e mais horas vagas.

mais amor é a minha missão. minha militância. mais amor de todos os tipos, inclusive amor próprio. amor aos próximos e aos deles, que também são seus e de deus, e amor a deus, que é o universo e cada um de nós, que é estar vivo etc.

essa coisa de inspiração de sensações e coisas bonitas ou pelo menos construtivamente chocantes, honestidade real sobre a falta de motivação decorrente do desejo de ser amado e de viver pra sempre e de estar de barriga cheia de bacon.

mais cara de pau. mais cara a tapa. mais mordidas, com mais gana. mais apertões, mais vontade. de todos os lados, de todo mundo.

mais honestidade e expectativas realistas. fé nas pessoas, acima de tudo, até do realismo. fé em todas juntas, porque feitas da mesma coisa. inevitavelmente juntas, conectadas, partes indissociáveis de um todo vertiginosamente maior. fé em estar aqui e agora, que é só o que nos resta.

estar importunando esse cara não deixa de ser good karma. que doa depois, talvez assim eu consiga escrever pra aliviar a dor e espalhar a semvergonhice bem intencionada por aí, se não conseguir espalhar até ele.

ruivinho filhadaputa (2)

estou aqui já quase não bêbada às 4:30... mais vinho.

perfeito pavor de voltar a um estado de consciência que seja um pouco mais nítido do que o que está acontecendo agora. mais vinho.

bukowsky na veia. inclusive na constatação da podridão e da mediocridade e na consequente vontade de cagar a pau um ruivo específico. mais um título pro meu currículo: amante de um (quase) quarentão ruivo. mais vinho.

ele plantou isso em mim. não tem outro jeito de definir. depois de ter se declarado pra mim e ter sido rejeitado por ter namorada, ele entabulou conversas pela porra do chat por meses a fio mesmo assim, sendo cada vez mais awesome (ver aqui). então um dia ele me convidou para tomar uma cerveja e pagou toda a conta enorme enquanto eu estava no banheiro, e me fez querer pagar outra pra ele. mesmo porque a conversa tava simplesmente genial. mais vinho.

teve aquela noite de segunda. eu tinha prova no outro dia. depois de tentar convencer indiretamente a tomar uma cerveja e fracassar, me resignei a estudar enquanto conversávamos. minha vez de me declarar, declarando o suor das mãos. infarto iminente, aparentemente mútuo. digo, declaradamente mútuo, porque o que te declaram já vem com uma aparência que a pessoa que declara quer produzir, e eu já não sei mais se confio no que ele me disse. mais vinho.

na terça saí com as amigas. tínhamos combinado de nos ver na quarta. bebi com as amigas cidade afora até acabar em um beco sem entrada, totalmente lotado. desistimos de entrar na festa e rumamos pro boteco chinelo-caro da esquina de casa. chegando na esquina vejo o próprio ruivo, sem encontro combinado, materializado chegando pelo outro lado da calçada. sorrisos nervosamente incessantes. minha amiga sugeriu que fossemos todos pra minha casa. nessa noite dormi com ele pela primeira vez. o cheiro dele era azedo, e a pele era de cetim. mais vinho.

no dia seguinte fui até a casa dele. estranho no início, muito lixo, cheiros suspeitos. quando finalmente deitamos foi mágico, mesmo com os cheiros estranhos. a maleabilidade dele na cama era ainda muito mais do que eu esperava. mais vinho.

só nos vimos na segunda seguinte. no meio tempo decidi confessar minha agonia. ele já sabia. "tu me odeia, né?". "sim". aí deslanchou. mas depois deslanchou mais cumplicidade. pelo menos parecia. de novo na cama dele, agora limpa, ele disse que ia "resolver a vida", mas não disse quando... mais vinho.

desisti de ver por um tempo, pelo menos por hoje. não aguento estar fazendo isso. também não aguento não fazer. dor nas tripas. pelo amor de deus mais vinho. muito mais vinho.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

amor à vida

vão tudo se fuderem, na boa. gente procurando mãe e pai biológico por aí... é muita romantização da coisa, aí sim, de um jeito nocivo à auto-estima, com hífen, da pessoa. olha em volta, olha esse mundo. quem já viu bebê perdido? e quem já viu bebe achado por aí e pegou pra criar? e os que nem tinham mãe, os que mesmo tendo não tinham, em quantos graus... se eu descobrisse hoje que sou adotada, não ia querer saber. não por mal, mas é que eu realmente acho que não é só sangue que faz isso com as pessoas, de elas se abraçarem e se amarem e se darem comida. se tivessem duas pessoas no mundo e elas não fossem parentes elas iam acabar se ajudando e se curtindo igual porque esse é o impulso que deveria existir, e que é sim mais fácil em grupos pequenos, taí a notícia da tendência do mini-wedding no yahoo pra não me deixar mentir. enfim.
tem a alusão não explícita ao aborto nesse título, na verdade anti-aborto, né, que se eu fosse um pouquinho mais nerd poderia lincar com umas teorias de discurso aí e fazer eles mudarem a porra da entrada da novela. acionava as feministas e denunciava que o corpo é de cada uma e calem a boca e parem de nos fazer parir quando a gente não quer pra depois demonizar a adoção, fazendo novela sobre as pessoas indo procurar mãe biológica... mesma coisa do pai biológico estuprador daquela lei estúpida desses religiosos filhos de chocadeira elétrica querem passar, estão passando, já devem ter passado e eu aqui...
aí a entrada ainda faz o pior uso imaginável de uma animação simplesmente sublime, transformando em meleca sentimental uma coisa que é bonita e legal e profunda. eles editaram, cortaram pedaços, mudaram o som e ficou uma bosta que eu não vou nem ir atrás pra ver de novo que dá náusea.
aí pensa que a bebê perdida no início é rica, filha da mina rica. é achada por uma família pobre, mas que se vira. tudo na mesma casa, se ajudando, que bonito. bonito mesmo, a ironia é nas outras partes. essa mina rica-mãe, por sua vez, aparentemente é adotada. e está procurando sua mãe. aguarde próximos capítulos. ou não. eu não, na real. mas eu sei de tudo isso porque a minha vó e o yahoo me contam. e eu espio se tiver passando. por isso que eu não tenho TV, ia viver deprimida constantemente com a minha feiura, além da burrice daquelas pessoas bonitas. e olha que eu nem sou tão esperta nem tão feia. eles é que exageram nas expectativas. e vai ter azar específico assim, parece novela mexicana, apelaçaum.
e ainda cortam e editam tudo o que passa na mão deles. e ainda fazem isso pra piorar as coisas, a exemplo da abertura. nem pecado isso não é, que pecado tem perdão (pra mim, né, o meu deus é amor). aquilo ali é pior, é inafiançável, é malvado mesmo. as pessoas tem mesmo que ir na tevê lá, porque a tevê materializa hoje a voz de tudo o que te dizem que tu tem que querer, desde dinheiro a tamanho de peito cor de pele carro viagens gianechini a bunda da sabrina sato etc. tevê não, míííídia.
o problema é o alcance e o discurso, só. de resto, eles são livres. mas usar esse discurso com esse alcance deles é maldade com o cidadão de bem. "eu espero ele em casa", diz a fátima bernardes sobre sua união duradoura. nenhum problema especificamente com esperar a pessoa em casa, é só o jeito, podiam ter dito "a gente espera o outro em casa". são dois jornalistas com horários diferentes, certo que os dois se esperam. mas eles posam de família comum e pregam que ela espera. e isso está nas entrelinhas ou eu to vendo coisas? com aqueles terninhos e cabelos bem penteados... minha vaidade anda num momento bizarro esses tempos em grande parte porque esses cabelos bem penteados e maquiagem e tudo muito no lugarzinho me dá nos nervos. é muito artificial, ao vivo ninguem fica assim o tempo todo. mas a expectativa sempre volta pro "melhor" que tu já viu. aí já viu, desilusão eterna. é isso que eles fazem com as pessoas, fazendo elas acharem que não se bastam, e por isso que não se mandam. satan's little helpers hehe.

terça-feira, 2 de julho de 2013

cambia (casi) todo cambia

o encanto que as pessoas exercem entre si é uma coisa sensível. o cheiro das pessoas muda com o tempo, acho que a química pessoal interfere na nossa percepção química dos outros. não tenho mais tesão pelas pessoas que eu tinha, elas estão velhas e burras, mais que eu. talvez por isso os novinhos sejam tão atraentes, tem uma coisa limpa e cheia de energia e inocente neles que não morreu ainda. tem uns que parece que dá pra assistir morrendo, o que é mais triste ainda porque se vêem os relampejos do passado brilhando nos olhinhos ainda de vez em quando, junto com os prenúncios de um futuro triste e sem graça e pessimista e o caralho.

ver os meninos os três hoje no sol e não querer nenhum e ver que os outros que não me conheciam ficaram achando bom quando eu cantei foi bom pro ego, mas pareceu também vazio. tenho saudades de ter conversas de verdade com as pessoas. acho que vou conseguir uma dessas hoje. vou fumar ainda mais tb. melhor fazer café.

meu coração tinha que estar só um pouquinho mais no dinheiro do que na agradável contemplação do sol e fazeção de comida e tocação de peles do dia-a-dia dos vândalos vagabundos que não querem passar a vida inteira numa caixa. nem minha casa eu aguento mais. depois passa e eu volto a gostar, mas se não fosse inverno eu ia gastar bem mais tempo na rua e ia achar bem bom.

as frases que eu poderia estar escrevendo dançam na minha cabeça e não chegam nos dedos nunca. barulho de helicópteros. horário. temas de crianças, das que eu gosto hoje, que não vou entregar porque estou aqui reclamando da vida, de novo e de novo. helicópteros de merda. caixas de merda. cabeça de merda.

só não muda a minha sensação de que eu, individual e pessoalmente, não estou contribuindo em porra nenhuma pra melhorar a merda toda. eu tinha que ter um helicóptero. ou ser presidente. eu ia morrer assassinada nos dois casos.