quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Catarse

Nunca me achei uma pessoa violenta. Pouco bati em gente na vida, foi sempre mútuo e quase sempre levava a pior, por não usar toda a minha força, não querer machucar, de fato. Mas tem coisas que mudam as pessoas, não sei se isso é bom ou não, mas tendo a pensar que mudança é movimento, então tá valendo.

Se eu cheguei em casa às três da tarde, deve ter acontecido passando pouco das duas. O dia era daqueles em que tu acorda bem sem motivo aparente, fim de inverno no paralelo 30°, quente no sol, vento geladinho. Desses dias em que não se sabe se o torpor é só do melhor sexo inconclusivo da vida na noite anterior, da quantidade de entorpecentes que ainda circula no sangue, se é o sol quente, se é o vento frio, se é a sensação de, mesmo com tudo isso, cumprir as obrigações prosaicas como se fizessem sentido. Fato é, o dia estava fluindo leve e feliz, tanto que fica ridículo (d)escrever.

O livro aberto no meu colo, no ônibus, chamava a atenção. Sempre gostei disso, e sempre gostei de deixar o livro aberto enquanto olhava pra fora, pra depois voltar a ler, sabendo que a pessoa sentada do meu lado, se fosse como eu, estaria curiosa. Fiz isso com Marx, com Cervantes, com Kafka, com Galeano, com Harry Potter e mais uma galera. E agora, com a Denser.

A Denser que, no entanto, me fez, genuinamente, olhar pra fora pra pensar. Pensar em se e como a identificação com aquela mulher tão poderosa e tão insegura se manifestava em mim, sobre como lidar com a castração de ter pensado a vida inteira que não se podia confiar nas coisas que crescem em torno do pau e me ver errada, em ver a Denser errada. Pensar com otimismo que a minha experiência talvez fosse melhor que a dela, e que talvez por isso eu não fosse escrever bem nunca, mas who cares?, to pegando, e to pegando bem, e ninguém tem nada com isso. E me sentindo bonita, limpa e inteligente sem ser louca, os espanhóis que me desculpem, ou pelo menos achando que me curei da loucura de ser bonita, limpa e inteligente e jurar que ninguém percebe.

O conto narrava, entre outras coisas mais profundas, com o perdão do trocadilho, a visão feminina de um doloroso e excitante episódio de sodomia. Eu curtia o fato de que quem sentasse ali ia me achar uma pervertida. Talvez eu seja, mas acho que, justamente por não ser, passar essa imagem me parece divertido, engraçado mesmo.

O cara que sentou do meu lado era perfeito: moleton superbranco lavado pela mãe, marca hip hop, não me pergunte qual, mochila grande vazia, fone de ouvido estourando, gelzinho no cabelo (aquele topetinho cretino espetado pra cima) e uns óculos de surfista, pequenos demais pra cara cheia de espinhas. Ri comigo quando ele sentou, e continuei divagando. O livro aberto no colo, puro exibicionismo. Sim, como se eu soubesse o que é exibicionismo. Como se me ocorresse a profundidade e, nesse caso, o tamanho e a dureza a que o exibicionismo pode chegar, com o perdão de mais um trocadilho. E eu lá, me achando foda pra caralho, brincalhona e inocente na minha feliz viagem de autoconhecimento e autopromoção. Eis que, volto pro livro. E vejo, sem mais, ou melhor, sem menos, a cabeça rosa, latejante e melequenta do pau duro desse filha da puta quase encostando em mim, escondido do resto do ônibus pela mochila gigante.

Não soube reagir, mesmo. Fingi que não vi, enquanto tentava pensar. O terceiro pau em menos de um mês, quem diria! Pra quem dizia que era lésbica, até que o número fica impressionante, when you put it this way. Que put it o quê? Shove it up your own ass, viado de merda, cabaço do inferno, vai comer uma ovelha! pensei. Finalmente, olhei direto pra ele com nojo, disse alto, ô, meu?, e fui pro banco de trás, em silêncio mortal. Ele nem sentou de novo, desceu do ônibus no meio do nada da Bento sem olhar pra trás. Espero muito que com vergonha, mas duvido.

Não consegui mais ler. Não sabia se a culpa não era do livro, e não ia me arriscar. Mesmo que não fosse, hipótese na qual acredito, pra ler já não teria mais cabeça. Só conseguia pensar que tinha acabado de perder a melhor chance da minha vida de humilhar um homem que de fato merecia. Me odiei por não pensar rápido o suficiente. Pra não pensar na minha própria falta de presença de espírito, dividi com o cara (sim, sentei do lado de outro desses, a idiota) do meu lado o que tinha acontecido. Pedindo desculpas por invadir o silencio alheio, falei de uma vez só que o filha da puta tinha tirado o pau pra fora. Assim mesmo. Ele não disse nada. Pensei, beleza, eu também não saberia o que dizer. Antes tivesse ficado quieto. Depois de um tempo, me olhou com cara de espanto/pena/entendo-a-do-cara-tu-é-gostosa-mesmo (nessa hora eu queria capar os dois, com alicate de unha), e disse: “Tem sempre um babaca”. Exato. Ou dois, dependendo do ônibus.

Passei o resto do caminho olhando pro chão, querendo muito, mas muito mesmo, ser a mulher mais horrorosa e nojenta do planeta, pra ninguém mais me olhar, nunca. Desci do ônibus, acendi um cigarro, talvez o melhor da minha vida, e caminhei o mais devagar que conseguia rumo a ração de cachorro e casa.

Sentia a fúria emanando de mim, num crescendo vertiginoso. Sentia o olhar vago, os lábios inchados, as mãos suadas, tudo em mim pronto pra moer a cara de alguém, homem, ele, qualquer um. Por que não enfiei o cotovelo na traquéia dele? A posição era ideal, quando levantei. Por que não fingi que batia uma pro cara e não entortei ele, pra nunca mais ter como nem mijar pra frente? Isso sim ia ser arte. Caminhando até casa, sentia que as cantadas cresciam proporcionais à raiva. Sentia que, quanto mais eu odiasse todos, sem exceção, mais eles me olhavam, mais me queriam. Foi a maior concentração de gracinhas que já recebi na vida, me senti a mulher mais foda do mundo, e a mais podre. Mais orgulho da minha força, do que eu era capaz de fazer com eles, e mais nojo de mim eu sentia, a cada olhada, a cada palavra, a cada ô-lá-em-casa. Na casa da tua vó comendo bolinho, fracassado de merda.

O que finalmente freou minhas punções (Freud estava certo, o recalque é, sim, a raiz da civilidade) foi o vento gelado do fim do inverno no paralelo 30°. Terceiro cigarro em 5 quadras, já na de casa, me peguei pensando que não, há exceções. Há homens bons, corretos, respeitosos, que acabam não permitindo que se odeie o gênero em si simplesmente pela injustiça da generalização. Embora a maioria desses (e dos outros, enfim) possa não te comer bem, há inclusive os que sim, com todo o resto de brinde. Comecei a pensar em como era bom saber que, o fim das contas, existia/existe a possibilidade de um desses da minúscula leva dos que valem a pena se interessar por mim, e que isso, no primeiro momento, é bom, e daí? Me peguei pensando na alegria que é o fato de que despertarei isso nos homens pelo menos pelos próximos 15 anos, se eu me ajudar, claro, e isso me fez bem. Me fez desejar que acontecesse de novo, um dia na vida.

Seria catártico. Por um momento, ter a personificação do lado imbecil de todos os homens bons que um dia fizeram algo imbecil e mereceram apanhar, morrer lentamente e com muita dor, e que se salvaram porque alguma mulher se deu conta de que eles não eram isso. Ter a personificação legítima da coisa que cresce ao redor do pau, à qual se aplica toda e qualquer generalização negativa, todo e qualquer clichê, um homem no universo que se pudesse odiar plenamente. E soube, com tudo de mim, que se esse baldinho de moléculas de instinto detestáveis chegasse perto de mim de novo, ia à forra. Arrebentava de porrada, com gosto e maquinaria pesada. Mostrava quem é que manda nessa merda. E, por toda e qualquer mulher que já foi invadida por um pau, fisicamente ou não, e pela Denser e o tipo de cara que faz com que mulheres foda se sintam lixo, matava rindo, devagar, sem culpa.

sábado, 25 de setembro de 2010

Guitar God

Tipo, insano.

http://www.youtube.com/watch?v=c_VclJmZ1HY&p=91155AF2D27421D4&playnext=1&index=1

Queria ser capaz de discorrer, mas não me sinto apta. Só achei que o cara se puxa muito na coisa exploratória de tirar uma música inesperada.

Enfim, vale explorar os relacionados também.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Marido rico

Não tava na pilha de escrever mais mulhezices, mas ri copiosamente com essa. Mais ainda porque conheço uma ou duas mocinhas que, se tivessem a cara de pau, mandariam esse tipo de coisa... Não sei se é real ou não, mas posto o e-mail tal e qual recebido por uma grande amiga (que também não curte mulherzices exacerbadas).

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MARIDO MUITO RICO
Dizem que saiu no Financial Times

Uma moça escreveu um email para o jornal pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico".
Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada.


E-mail da moça:

Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais nesse jornal, ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?
Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West.
Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.
Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como chego ao nível dela? (Raphaella S.) 

Resposta do editor do jornal:

Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando seu tempo à toa...
Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio.
Eis o porquê: Deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas: Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro.
Mas tem um problema:
Com toda certeza, com o tempo, a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro, que, com o tempo, continuará aumentando.
Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, que sempre aumenta.
Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E, no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco.
Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.
Usando o linguajar da Wall Street, quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position', e não como 'buy and hold', que é para o que você se oferece.
Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo. Mas alugá-la, sim. Assim, um negócio a se cogitar é namorar.
Cogitar. Mas, já cogitando, e para certificar-me o quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio. Podemos marcar? (Philip Stephens, associate editor of the Financial Times)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Existencialismo romântico (boring!)

Beleza, vou postar esse lixo. Mas que fique claro, isso não é uma porra dum blog sentimental. Só acordei assim hoje. Hoje ainda melhoro, eu acho. No máximo amanhã (como se tivesse um monte de gente pra dar satisfação! risos).

(...)

Gostaria de saber o que acontece comigo. Quando menos espero, uma pessoa vem e me tira do chão, sem piedade. Sem meias palavras, sem firulas, sem jogos, sempre mais intenso do que eu consigo administrar.

Sempre juras de amor na primeira semana, sempre um encanto profundo, sempre pessoas geniais e admiráveis... E quando me apaixono, é mutuo. Sempre.

A dúvida é: sempre faço a pessoa pela qual me apaixono apaixonar-se de volta, ou (mais provável) só me apaixono por quem já gosta de mim?

Shame on me, in that case.

Covarde.

But why does it feel so real, every single fucking time? Eu não tenho memória mesmo, só pode.

Peixinho dourado feelings.

(…)

Tem coisas difíceis de assimilar nessa vida. Uma delas é o fato de que você vale sozinho. Continuo achando que preciso de pessoas. Que preciso de ajuda pra tomar decisões. Que preciso de aprovação pra toda e qualquer coisa que eu faça. Continuo perdendo tempo, continuo esperando que alguém melhor que eu me diga o que fazer...

Mania de camaleão podre, de mergulhar nas pessoas, de me afundar, simbioticamente, só porque eu acho que a minha vida não é um fim em si. O pior é que na hora nem acho, na hora só faz sentido entrar no outro, porque o outro é sempre TÃO fantástico, e eu sou TÃO ignorante, inepta, imbecil...

Não sei o que fazer sozinha. Não sei por onde começar. Não quero não ter um ponto de referência. Não quero decidir. Não quero e pronto. E aí? Faz-se o que com o que se sente? Sei que devia querer, mas é mais forte do que eu. Que medo de estar confundindo as coisas...

Pode até ser que eu só me apaixone por todas essas características da minha personalidade. E pode também ser que isso torne o que eu sinto menos válido, menos verdadeiro, menos nobre, seja lá o que essas coisas signifiquem. Mas, de fato, sinto. E sinto muito. E sinto saudades de quem eu era quando a referência era mais firme (por mais estúpida que a referência firme fosse). E sinto prazer em ser eu mesma quando a referência se afirma novamente, em outro corpo. E sou eu mesma mesmo, neste corpo aqui?

Quem sou eu? Eu sou o que eu gosto? Eu sou o que eu quero? Eu sou o que eu faço? Eu sou o que eu quiser ser (risos)? Eu sou as pessoas que me amam? Se sim, quem me ama? E por quê?

Sou boa? Sou atenciosa? Sou bonita? Sou inteligente?

Não, não, não e não. Não como o mundo esperaria. Não como eu acho que devia ser. Não como acho que conseguiria ser, se não fosse tão má, desatenta, feia e burra. Se prestasse mais atenção, seria perfeita. Sei que sim.
Mas e aí? Seria feliz? Custo a acreditar que algum dia seria, não conseguiria me dedicar o suficiente.

(...)

Pilha bipolar, por sinal.

Amanhã acordo bem, isso é o pior. Toda essa angústia de merda tem prazo, conheço ela direitinho e sei que tenho que esperar que vá embora por conta própria.

Amanhã, sexta-feira, tomo um trago e me sinto fantástica, segura, autossuficiente de novo. Até o sábado de manhã.

Saco.

Beleza

Hm, meio cedo pra esse tópico, até porque não pensei o suficiente nele ainda...
Em todo caso, veio e preciso externar, nem que eu apague depois e reescreva (o que seria uma tremenda deslealdade, não o farei).

Enquanto buscava alguma foto minimamente interessante para o perfil do blog (por enquanto ficou esta, deixo no post, porque, me conhecendo, mudará in no time; mas vale pelo contexto, e porque achei legal pra caralho), por começar a explorar outros e ver fotos das pessoas, me ocorreu que, via de regra, mulheres têm que ser bonitas. E ponto.


Não digo como quem concorda. Verdade seja dita, não concordo. Queria muito que a contribuição da biologia não influenciasse no juizo das pessoas umas sobre as outras. Mesmo porque, a biologia absolutamente NADA tem a ver com se alguem é decente, pensante, interessante ou displicente, embora a galera (me incluo nessa) esqueça disso.

Também não estou aqui para fazer uma defesa das feias. Acho, sim, e daí sim é biológico, e questão de sobrevivência na selva, que toda garota deve se ajudar, porque é como se consegue o espaço de fato. Sim, é primitivo. Mas, sim, é o que é. Se a biologia não ajuda, que ajude a moda, a diversão que é se embonecar, escolher cores diferentes de esmalte, cortar o cabelo...

Já tive muita crise com beleza. Não por ser feia, antes o contrário (melhor parte é poder dizer e NINGUÉM torrar com um "que mina que se acha"), eu não queria que me achassem bonita. Mania feminista da mãe, eu acho, que incutiu desde a tenra idade nesta moça que nada pode ser menos nobre que ser só linda.

E, de novo, não é que eu ache que deve-se ser só linda, não acho. Mas são exatamente esses extremos que enlouquecem todas as mulheres que eu conheço. Não se pode ser feia, simplesmente porque é contraproducente, ninguém te dá bola. Não se pode ser bonita, não se é levada a sério...
Vai achar meio termo! Daí a feia que se arruma tá se achando, e a bonita esculachada não se ajuda... Ô, saco!

É complicado falar disso, porque pra mim nunca foi um fator determinante. Meus romances SEMPRE foram pessoas feias, com raras exceções, e eu fui me dar conta disso há muito pouco tempo. Mas essas pessoas sempre tinham um histórico muito "bonito". Me pergunto: sou mais uma no pacote? Se eu fosse feia, quem teria me olhado? Me olharam por que mesmo? Que graça eu tenho, hein?

Pensar isso tudo me faz adorar, de fato, a caveirinha. Essencia de todas nós, onde somos iguais, e onde importa o que tem dentro. Talvez ela dure mais aqui do que eu previ inicialmente. :)

Enfim, pequenas crises do madrugadão. Tenho uma hora para levantar.
Há. Sinto muito, youtube nela.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

E trabalho, que é bom...

Pois é, comecei bem...

A intenção da coisa toda era ser uma ferramenta de autoconhecimento, que me ajudasse (daí ritalina) a me conhecer melhor, a me focar nas coisas, a relaxar na vida. pff

Peço novamente desculpas. Pelo quê? Por estar pedindo desculpas pra mim mesma, acho.

Cá estou, postando que nem uma doida, procurando coisas pra postar e achando divertidíssimo ver a nuvem de marcações mudar vagarosamente de formato (e, claro, como psicopata que se prese, marcando cada post com, no mínimo, três categorias).

Enfim.
Tinha um trabalho pra fazer hoje. Não de aula, de dinheiro mesmo.
Não é o fim do mundo, afinal é pequeno e meu prazo é sexta. No entanto, tenho 476.892.668.391 coisas para fazer até o fim do prazo, e hoje seria o dia perfeito para terminar isso de uma vez, assim podia me dedicar às coisas menos urgentes e mais prazerosas no resto da semana. Não que não fosse importante o resto do que eu tinha/tenho para fazer, era só o que eu queria/quero fazer, tinha/tenho que fazer, porque por querer eu acabei MARCANDO com as pessoas (bem de idiota! não me conheço, mesmo?).

Mas é sempre assim comigo, insanamente fácil se perder aqui dentro. Tenho medo de não voltar, numa dessas. O blog acaba sendo a maneira menos viciante de se distrair aqui...

Amanhã é outro dia. Dos lotados. Dormir é a opção mais sábia.

Não sem um cigarro antes, que também não queremos ser freiras, não é?

Island blues

Já que estou nessa de música, mais uma lindeza apresentada recentemente.

Sei lá se é a gaitinha, mas juro que penso França, e a simpatia que tenho por esse cantinho sujinho da Europa é algo imenso.

http://www.youtube.com/watch?v=2_AOoi7Gx-o&feature=fvst

15 feet of pure white snow

Eu podia ser menos explícita no título, mas não vejo porque. Again, lê quem quiser mesmo...

Fui apresentada a ele, sem vídeo, há umas duas semanas. Achei o vídeo sozinha hoje, e estou orgulhosa disso.

Saca o pianinho :)
http://www.youtube.com/watch?v=4sfhvxTZ0wo

Sobre o nome

What's in a name?


(Segundo post e já tem epígrafe. Eu disse que ia ser maçante, não disse?)


Ok, ao que interessa.


Partiremos do seguinte pressuposto: meu nome é Rita. Ou ritta. Meio caminho andado.


Linna, bom, soa bem com Rita. E a palavrinha que daí vem diz algo sobre moi, se é que posso dizer que sei se e o que alguma coisa diz sobre moi, quand je ne sais pas comme je suis. Enfin...


Ritalina é o nome comercial do Metilfenidato. Medicamento esse utiizado no tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). É um potente inibidor da recaptação da dopamina e da noradrenalina. Bloqueia a captura das catecolaminas pelas terminações das células nervosas pré-ganglionares; impede que sejam removidas do espaço sináptico. Deste modo a dopa e a nora extracelulares permanecem ativas por mais tempo, aumentando significamente a densidade destes transmissores nas sinapses. O metilfenidato possui potentes efeitos agonistas sobre os receptores alfa e beta adrenérgico. Eleva o nível de alerta do sistema nervoso central. Incrementa os mecanismos excitatórios do cérebro. Resulta numa melhor concentração, coordenação motora e controle dos impulsos.


Não que eu saiba por experiência (óbvio).
Na verdade, né, http://pt.wikipedia.org/wiki/Metilfenidato.


Enfim, é uma baletinha que ajuda a criatura a ter foco (algo difícil para a moça que vos escreve), a manter a atenção, o estado de alerta e o bom humor e ainda te deixa com uma sensação de esperteza linda, linda. Não quero soar drogada, isso não é pra ser o blog de uma viciada em crise (embora prevejo que possa parecer, em alguns momentos), mas convenhamos, pode ser bastante útil.
At the same time, quando mal utilizada... Prefiro não me delongar aqui, muito embora curta mal utilizá-la. Às vezes a gente precisa ser ligada na tomada.


De uma maneira ou de outra, o nome aqui expressa a necessidade química de ajuda para tarefas que outras pessoas acham simples, como frequentar aulas, trabalhar, limpar a própria casa e coisas do gênero; e expressa a potencialidade autodestrutiva da moça, quando mal utilizada (a potencialidade, não a moça).


Autoanálise à parte, no fim das contas só achei divertido.

Olá.

Primeiramente, agradeço ao Google a oportunidade de estar aqui hoje. Peço desculpas aos que por aqui passarem se em algum momento a que vos fala for maçante. É que, sabe como é, tanta autoexposição dá vontade de escrever sem que ninguém encha o saco. Portanto, cá estou eu, a isso vim. Falarei de mim. Ocasionalmente, de assuntos gerais que reflitam o que eu penso. Menos ocasionalmente, o que eu sinto e deu. Quem quiser leia. Quem não quiser, não. No feelings attached.


Mais coisas em breve, por enquanto estou aprendendo a escrever.