segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Again and again


Era melhor quando esse tipo de conversa estava radicada em Buenos Aires. Menos de duas horas de distância é difícil.
Era melhor quando eu tinha motivos. Quando não tem é difícil.
Era melhor quando eu achava que a culpa era dele, mesmo que vagamente. Assumir a culpa é difícil.

Eu não consigo chegar ao cerne do quanto isso é horrível. Eu achava que tinha tido sorte de não ter ligado as trompas ainda. Agora quero me jogar da janela e espatifar elas junto com o corpo todo, de puro ódio do mecanismo interno de distração (ia escrever sedução, mas estou começando a achar que o centro da coisa não é esse).
Um amigo querido e ocupado e disciplinado me mandou usar melhor o meu tempo (e basicamente parar de bobagem). Eu realmente devia fazer isso. Há meses. Estou escrevendo e chorando ao mesmo tempo, porque não consigo fazer as coisas que preciso e só quero fazer as coisas que não posso, e pensar em fazer sem fazer é horrível e pensar em sentir é pior, além de ser retardado e contraproducente e eu estou cansada de tudo, inclusive dessa porra de chuva.

Estou cansada de mim. Queria dormir.

Dormir com tudo feito, por mim mesma, e com o homem que eu escolhi, sem mudar de ideia.

E um pônei rosa, claro.

E pra ser completamente sincera, estou cansada até deste blog de merda.

2 comentários:

  1. Também dei esse apelido pro meu blog, de merda. Mas que raios é que ainda achando isso, a gente gosta deles?

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  2. a gente gostar e algo ser de merda não são excludentes, mas eu bem queria que fossem...

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