segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aninho começando bem...

Feliz 2011. Yeah, well...
Foda que eu só venho aqui quando a situação não é das mais positivas. Isso porque, quando positiva, estou ocupada. 'Com o quê?', o nobre leitor perguntaria. 'Com o cara mais genial do mundo', responderia eu.

Conversando, bebendo, fumando, ouvindo música, tocando, cantando, passeando, comendo fora, cozinhando, trepando, lendo, assistindo o gato fazer bobagens, pegando a porra do onibus lotado por mais de hora pra se ver, vendo filme, vendo séries, vendo merda no youtube, fumando mais, passando café e fazendo torrada às 17h, que é a hora de acordar no fim de semana e foi a dessas férias também...

Enfim, cada uma dessas coisas eu faço com ele, e o bem que isso tudo me faz me impede até de olhar e-mail, às vezes.

Caso é que às vezes o destino me impede de vê-lo. E, pior de tudo, às vezes ele decide ficar na sua, sans moi. Um dia porque precisa estudar, um dia porque a mãe reclama que não para em casa, um dia ta doente, um dia ta cansado...

Beleza, faz parte. Eu também gosto de fazer minhas coisas, ficar no meu canto, dormir com meu gato... E eventualmente entro no clima e faço tudo isso. Até aí estamos saudáveis.

Mas o dia em si, aquele dia em que a gente se separa, seja pelo motivo que for, é fatal: eu choro (quando já estou sozinha, claro). Eu fico braba, quase briguei com ele, que, por sinal, estava doente. Eu choro de raiva, de solidão, de nem sei do quê. Eu choro enquanto escrevo esta porra, só de falar do nó que se cria cada vez que a porta bate e fica cada um de um lado. E o mesmo desespero não sai de mim, pelo menos não até o dia seguinte (às vezes dura um poquinho mais, mas daí aparece um ou outro amigo e eu consigo voltar a respirar).

E eu acho que eu preciso de ajuda. Isso não é normal, nem saudável, nem bonito. Embora passe eventualmente e eu volte a ser uma pessoa minimamente equilibrada, o percurso é muito doído e por uma coisa muito estúpida.

Antes de hoje eu não tinha demonstrado a psicopatia em ação, por pura vergonha. Até já tinha falado sobre isso com ele, mas amenizando bastante, como quem conta bonitinho o quanto sentiu saudade... Hoje fiquei mais braba do que nunca, não sei por que, e saí da casa dele batendo porta. Liguei mais tarde pedindo desculpas, que foram aceitas, mas o clima tá pesado. Ele lá doente, eu aqui, doente.

Penso nos outros relacionamentos e eu nunca fui tão loca. Claro, meu histórico tem pessoas bem menos independentes, que mesmo quando tinham que se separar mandavam coisas, davam toques, demonstravam saudade. Até porque meu relacionamento anterior foi um casamento, então era raro nos separarmos.

Agora tenho que reaprender a namorar, e acho que não sei mais como mesmo. Não que ele saiba, acho mesmo que cada um peca por um excesso aqui (porque quando não é ao vivo ele não tem 'paciencia', nem pra telefone, nem pra msn... eu acho estranho, porque no início a gente virava noites conversando...).

Não sei, tenho medo de estar louca, ou depressiva, ou dependente, ou todas as anteriores.

Mas tenho mais medo ainda de que isso passe e fique tudo bem, e chegue o fim de semana e a gente se veja e faça todas aquelas coisas citadas acima, e quando a gente se separe eu esteja como estou agora.

Foda ter medo de uma coisa que a gente sabe que vai acontecer.

Feliz 2011 pra quem é emocionalmente retardado. Beijos.