quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

uma saudade não sei do quê

tem dias que parece que por mais que tudo na vida esteja razoável, ou mesmo bom, alguma coisa coça na garganta.
hoje eu tava sentindo que o dia estava assim desde de manhã e não sabia por quê.

nesses dias a gente olha fotos velhas, ouve músicas velhas e passa muito tempo olhando pra parede branca e passando filminhos na cabeça como se tivesse sido ontem.

às vezes faz anos que algo passou e a gente ainda sente os cheiros.

eu fiquei olhando fotos e vídeos dos últimos exes. imaginei como poderia ter sido, o que estaria fazendo, onde estariam a minha vida e a deles, e me deu vontade de dar uma voltadinha no tempo por um segundo. como não pode, respirei e voltei para a minha vida. a parte boa é que não demorou para constatar que tudo o que aconteceu até agora está encaminhado desde um lugar bom e rumo a um melhor ainda. eu tenho sorte.

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exatamente hoje faz 12 anos que a mãe dele morreu. e eu ainda acho que sei o que eu falo quando falo de saudade. eu tive muita sorte até agora.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

screen of death

gostaria apenas de deixar registrado o que aconteceu ontem à noite. no meio de uma conversa pós-transa das mais agradáveis, meu ruivo querido mencionou que teve os cabelos compridos sei lá quando. pedi fotos, nunca imaginando que ele fosse sequer levantar da cama. não só levantou para procurar as fotos no hd externo como, ao não encontrá-las, ficou no stumble. tudo bem né, é divertido. só que depois a gente lia as coisas em velocidades diferentes e tinha interesses diferentes. aí, como ele que tava pilotando, eu fechei os olhos e fiquei só curtindo os comentários ocasionais que ele fazia. aí quando eu finalmente li um quadrinho que era legal, ele fechou antes de eu terminar porque entendeu "sim" quando eu disse "não" à pergunta sobre se eu estava dormindo. acabamos desistindo do computador. depois de um pequeno silencio e olhos abertos olhando para o teto (que não emana luz), voltamos a conversar e a noite voltou ao normal.

impressionante o poder de morte da interação causado pela tela. ainda bem que por enquanto ainda funciona desligar pra retomar o vínculo.