segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Descrição de processos

Sentava e pensava nele. Tinha que ser um cara, pra não ficar muito autobiográfico. Tinha que ser jovem, pra poder ser um pouco. Infância difícil, porque as fáceis não valem o seu tempo, já dizia Frank McCourt. O que me lembra de inserir uma citação de outra obra literária que eu ache foda, pensou. Riu. Ele tem que estar fazendo algo. Algo que permita começar uma história. Uma atividade que tivesse que ser baseada em uma linha de pensamento que ela pudesse narrar. Será que tá muito óbvio? Mas continua ruim... o que falta? Puta que o pariu, vamos usar uns palavrões, ver se melhora essa porra. Não. Crise de identidade da personagem principal? Parece. Brainstorming. Confusão. Medo. Preguiça. Chega, vou fugir num final abrup

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pós-desejo de morte

Faz um tempo que não sai nada aqui.

No momento atravesso o pior momento de saúde da minha vida. Dores de cabeça, febre, tosse, (MUITO) ranho, dor de garganta, dor de ouvido, dor no pulmão e sangue no espirro. FUCK YEAH!

Já estou melhorando, mas essa semana por um momento achei mesmo que fosse morrer. E considerando que não me pareceu uma má ideia, tive que parar e repensar como vinham vindo as coisas. Porque né, não morri, não vou morrer naturalmente (pelo menos não essa semana) e não tenho coragem (nem a cara de pau, pobre da familia!) de me matar, então naturalmente preciso resolver o que faz a morte parecer a melhor opção.

Este foi um semestre conturbado. Crises, festas, drogas, pessoas... E qualquer veneno antimonotonia pra ansiosa aqui achar que a vidinha medíocre dela valia a pena. Estive apaixonada, perdidamente, e aguentei todo tipo de histórias e convidei pra todo tipo de atividades e incentivei todo tipo de barbaridades com terceiras só pra manter o contato e ser a melhor pra ele em qualquer aspecto que fosse (a amiga mais porra louca? bff, por que não? me escolhe, me escolhe!). Não posso dizer que esteja curada, mas finalmente acho que não me afeta mais tanto. Acho. Digo acho porque semana passada foi a ultima ocorrência, mas enfim, pelo menos a angustia hoje tem menor tamanho do que quando eu queria casar com ele...

Mudei de emprego e descobri em mim a workaholic mais estúpida da face da terra. Me tomei por responsável pelo bagulho, peguei MUITO mais horas do que deveria e acumulei trabalho de uma maneira que me fez achar plausível que a faculdade ficasse de lado. Não que precise muito pra eu deixar a faculdade de lado, dá uma olhada no meu histórico lá... Mas de qualquer forma, por conta de 2 ou 3 atrasos e duas gripes (uma sendo a presente), descobri esta semana que a velha me acha uma irresponsável e não vai renovar semestre que vem. Na minha mania de achar que estou errada (sim, essa é das mais marcantes), não consegui mais do que pedir pra ela reconsiderar porque eu gosto das crianças. Meu colegas unanimemente chamaram a chefe de louca quando contei a história, e só então me dei conta de que realmente era injusto. Em todo caso, mesmo que ela chegue a reconsiderar, já tenho outros planos...

Não rola mais não fazer as cadeiras. Não rola mais a arrogância de achar que só porque consigo ir razoável nas coisas posso não estudar. Não rola mais papai pagar o aluguel pra filhinha estudar e ela não estudar. Sabe quando tua ficha cai e tu te da conta de que tem contas a prestar pra gente mais importante que a tua chefe? Tipo, pro teu (não, não é o papai) futuro? As cliché as it might sound, não quero ganhar pouco pra sempre. E não quero ficar doente e querer morrer porque trabalho mais do que deveria. Quero estudar e viver disso, sem preguiça, porque é disso que eu gosto e eu tinha esquecido.

Em breve mais detalhes. Bora resolver a pendência do plano de saúde, pra começar.

terça-feira, 3 de maio de 2011

trashcan

vergonha até de escrever isso, mas é bom que eu guarde essa sensação pra posteridade mesmo.

mandar pro cara que te faz acordar chorando um e-mail dizendo que você quer (só) sexo e nem assim.

(Y)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aninho começando bem...

Feliz 2011. Yeah, well...
Foda que eu só venho aqui quando a situação não é das mais positivas. Isso porque, quando positiva, estou ocupada. 'Com o quê?', o nobre leitor perguntaria. 'Com o cara mais genial do mundo', responderia eu.

Conversando, bebendo, fumando, ouvindo música, tocando, cantando, passeando, comendo fora, cozinhando, trepando, lendo, assistindo o gato fazer bobagens, pegando a porra do onibus lotado por mais de hora pra se ver, vendo filme, vendo séries, vendo merda no youtube, fumando mais, passando café e fazendo torrada às 17h, que é a hora de acordar no fim de semana e foi a dessas férias também...

Enfim, cada uma dessas coisas eu faço com ele, e o bem que isso tudo me faz me impede até de olhar e-mail, às vezes.

Caso é que às vezes o destino me impede de vê-lo. E, pior de tudo, às vezes ele decide ficar na sua, sans moi. Um dia porque precisa estudar, um dia porque a mãe reclama que não para em casa, um dia ta doente, um dia ta cansado...

Beleza, faz parte. Eu também gosto de fazer minhas coisas, ficar no meu canto, dormir com meu gato... E eventualmente entro no clima e faço tudo isso. Até aí estamos saudáveis.

Mas o dia em si, aquele dia em que a gente se separa, seja pelo motivo que for, é fatal: eu choro (quando já estou sozinha, claro). Eu fico braba, quase briguei com ele, que, por sinal, estava doente. Eu choro de raiva, de solidão, de nem sei do quê. Eu choro enquanto escrevo esta porra, só de falar do nó que se cria cada vez que a porta bate e fica cada um de um lado. E o mesmo desespero não sai de mim, pelo menos não até o dia seguinte (às vezes dura um poquinho mais, mas daí aparece um ou outro amigo e eu consigo voltar a respirar).

E eu acho que eu preciso de ajuda. Isso não é normal, nem saudável, nem bonito. Embora passe eventualmente e eu volte a ser uma pessoa minimamente equilibrada, o percurso é muito doído e por uma coisa muito estúpida.

Antes de hoje eu não tinha demonstrado a psicopatia em ação, por pura vergonha. Até já tinha falado sobre isso com ele, mas amenizando bastante, como quem conta bonitinho o quanto sentiu saudade... Hoje fiquei mais braba do que nunca, não sei por que, e saí da casa dele batendo porta. Liguei mais tarde pedindo desculpas, que foram aceitas, mas o clima tá pesado. Ele lá doente, eu aqui, doente.

Penso nos outros relacionamentos e eu nunca fui tão loca. Claro, meu histórico tem pessoas bem menos independentes, que mesmo quando tinham que se separar mandavam coisas, davam toques, demonstravam saudade. Até porque meu relacionamento anterior foi um casamento, então era raro nos separarmos.

Agora tenho que reaprender a namorar, e acho que não sei mais como mesmo. Não que ele saiba, acho mesmo que cada um peca por um excesso aqui (porque quando não é ao vivo ele não tem 'paciencia', nem pra telefone, nem pra msn... eu acho estranho, porque no início a gente virava noites conversando...).

Não sei, tenho medo de estar louca, ou depressiva, ou dependente, ou todas as anteriores.

Mas tenho mais medo ainda de que isso passe e fique tudo bem, e chegue o fim de semana e a gente se veja e faça todas aquelas coisas citadas acima, e quando a gente se separe eu esteja como estou agora.

Foda ter medo de uma coisa que a gente sabe que vai acontecer.

Feliz 2011 pra quem é emocionalmente retardado. Beijos.