quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pós-desejo de morte

Faz um tempo que não sai nada aqui.

No momento atravesso o pior momento de saúde da minha vida. Dores de cabeça, febre, tosse, (MUITO) ranho, dor de garganta, dor de ouvido, dor no pulmão e sangue no espirro. FUCK YEAH!

Já estou melhorando, mas essa semana por um momento achei mesmo que fosse morrer. E considerando que não me pareceu uma má ideia, tive que parar e repensar como vinham vindo as coisas. Porque né, não morri, não vou morrer naturalmente (pelo menos não essa semana) e não tenho coragem (nem a cara de pau, pobre da familia!) de me matar, então naturalmente preciso resolver o que faz a morte parecer a melhor opção.

Este foi um semestre conturbado. Crises, festas, drogas, pessoas... E qualquer veneno antimonotonia pra ansiosa aqui achar que a vidinha medíocre dela valia a pena. Estive apaixonada, perdidamente, e aguentei todo tipo de histórias e convidei pra todo tipo de atividades e incentivei todo tipo de barbaridades com terceiras só pra manter o contato e ser a melhor pra ele em qualquer aspecto que fosse (a amiga mais porra louca? bff, por que não? me escolhe, me escolhe!). Não posso dizer que esteja curada, mas finalmente acho que não me afeta mais tanto. Acho. Digo acho porque semana passada foi a ultima ocorrência, mas enfim, pelo menos a angustia hoje tem menor tamanho do que quando eu queria casar com ele...

Mudei de emprego e descobri em mim a workaholic mais estúpida da face da terra. Me tomei por responsável pelo bagulho, peguei MUITO mais horas do que deveria e acumulei trabalho de uma maneira que me fez achar plausível que a faculdade ficasse de lado. Não que precise muito pra eu deixar a faculdade de lado, dá uma olhada no meu histórico lá... Mas de qualquer forma, por conta de 2 ou 3 atrasos e duas gripes (uma sendo a presente), descobri esta semana que a velha me acha uma irresponsável e não vai renovar semestre que vem. Na minha mania de achar que estou errada (sim, essa é das mais marcantes), não consegui mais do que pedir pra ela reconsiderar porque eu gosto das crianças. Meu colegas unanimemente chamaram a chefe de louca quando contei a história, e só então me dei conta de que realmente era injusto. Em todo caso, mesmo que ela chegue a reconsiderar, já tenho outros planos...

Não rola mais não fazer as cadeiras. Não rola mais a arrogância de achar que só porque consigo ir razoável nas coisas posso não estudar. Não rola mais papai pagar o aluguel pra filhinha estudar e ela não estudar. Sabe quando tua ficha cai e tu te da conta de que tem contas a prestar pra gente mais importante que a tua chefe? Tipo, pro teu (não, não é o papai) futuro? As cliché as it might sound, não quero ganhar pouco pra sempre. E não quero ficar doente e querer morrer porque trabalho mais do que deveria. Quero estudar e viver disso, sem preguiça, porque é disso que eu gosto e eu tinha esquecido.

Em breve mais detalhes. Bora resolver a pendência do plano de saúde, pra começar.