segunda-feira, 15 de setembro de 2014

auto(não)medicação

ok, parei de tomar aquela bagaça. faz uma semana. senti micro tonturinhas nos últimos dois dias, e antes disso tive uma tarde de choro copioso ante a perspectiva de trabalhar (me senti com 5 anos, chorando com uma buzina de NÃO QUERO na cabeça pra um trabalho parecido com o que eu fiz hoje, bem tranquila; vai entender). 

fora isso, não poderia estar melhor. I mean, talvez eu volte a ter que vir mais pra cá. mas, sinceramente, meu corpo é meu templo. e o meu templo não estava mais funcionando em termos transcendentais, if you know what I mean. e fuck that.

tem flúor na água calcificando a pituitária e veneno na comida e farinha demais e sal demais e açúcar demais em tudo. com tudo isso eu ainda vou ficar sem libido? PI-ÇA MO-LE.

se ficar muito ruim, sigo a dica do guru e componho pra não chorar (escrever não funciona, já tentei, acabo escrevendo sobre as razões do choro e choro ainda mais). desenhar talvez seja o mais calmante. 

talk about atirar pra qq lado, ta loco.

bottom line: sem meu corpo não fico mais.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

boludeses

mas o quê de tão íntimo? eu fico com vergonha, sim, mas, de fato, as pessoas são tão mas tão diferentes assim de mim? digo, eu sempre pensei que as coisas sobre as quais eu escrevia aqui eram coisas que todo mundo pensava mas não queria falar, ou até queria falar mas tinha vergonha, ou mesmo que não pensasse igual entenderia que é uma questão de natureza humana. eu gosto de ser explícita, mas meus assuntos são razoavelmente leves (ainda mais se tu comparar com o lars e com irreversível e tal). e bom, aqui é onde eu sangro. eu não sou assim o tempo todo. aliás, ninguém deveria ser. aqui é onde eu largo a bola de pelos. e ela precisa sair, senão eu morro engasgada.
(ontem mesmo eu me disse que não ia mais escrever pra ver como eu conseguia lidar com a minha vida sem ficar narrando e olha, teve quase o efeito contrário, passei o dia, devo ter escrito, sei lá, umas cinco mil palavras já (essa época dos hormônios em fúria é um saco, sabe--ainda bem que agora eu tenho um pouco mais de filtro--trabalho que é bom azar))

and now, for something completely different:
a nossa, agora, é uma interação metafísica sob camadas de nuvens com palavras soltas inseridas em outros assuntos em letras de músicas em cliques soltos em coisas tão pequenas que eu duvido que sejam de verdade. queria mesmo que percepção fosse realidade, porque aí eu podia pensar nelas e me sentir menos alucinando. mas percepção é só a minha realidade. sabe-se lá o que ele percebe. eu lembro quando a gente começou a interagir que eu achei que era tudo trova ativa e ele tava só jogando verde sem nenhuma fé e não soube daonde eu vim quando eu apareci correspondendo àquela trova toda (nunca mais vou esquecer que quando eu convidei ele pra dormir comigo ele disse "sério?"). hoje, de vez em quando ele me deixa entrar, eu e todo mundo que tá aqui fora. mas eu fico com a impressão de que ele faz de propósito, de que ele faz pra mim. em dias de chuva eu lembro da vez que ele me disse que gostava de transar com relâmpagos porque ficava com um astral meio épico. com tudo que eu achei a imagem idiota na hora, dá saudade quando chove do mesmo jeito. agora parece que eu finalmente consegui afastar ele de gostar de mim, mas eu sinceramente preferia não alucinar farpas (eu devia mesmo era parar de espiar... vou chegar lá). meu grilo falante continua me dizendo pra não pensar nele, que o que ele fez com a de antes ele fez comigo e vai fazer com a próxima, que aquele amor incontrolável nada mais é que desejo de atenção, que ele gosta de se livrar dos conflitos e levar mãozinha na cabeça. e cara, god only knows como isso é verdade. mas eu vi ele de tão perto que eu vi um guri largado naquela BADERNA NOJENTA que ele chama de casa, e agora eu apenas preciso saber como ele tá, do jeito que der. talvez pra sempre. tomara que não. mas enfim, por mais que me coce a garganta, ver que ela ainda tá lá pelo menos me diz que ele tem com o que se distrair, e me deixa fundamentalmente feliz, ainda que extremamente desconfortável. eu ainda sonho com eles. minha libido tá a sete palmos por causa desse remédio de merda mas com eles se pegando naquela festa eu ainda sonho. 


eu devia estar pensando na minha vida. quero mudar de emprego de novo. graduação a essa altura é piada. virar mendiga na europa cada dia soa mais bem. mas pensar nessas coisas é difícil e confuso. é mais fácil pensar nele, óbvio. ainda que não seja.