segunda-feira, 12 de novembro de 2012

decisões difíceis para uma vida melhor


Parei de fumar, hoje é meu segundo dia. Não quero mudar de ideia, por isso estou escrevendo aqui.

Há uma semana eu tanto fiz que consegui pó. Depois de uma noite com uma curva de diversão extremamente descendente, eu disse que, pelo menos até o ano que vem, no more. Só que neste fim de semana fiz de novo. E olha que eu disse que não ia fazer porque foi ruim. E mesmo assim eu quis depois. Incrível, não?

A questão toda é a inconsequência, é aquela sensação momentânea de que a ação x não vai causar problemas, quando no fundo você já sabe que sim. Dependendo da droga isso se manifesta mais ou menos rápido, mas o princípio é o mesmo. E, infelizmente, eu não sei “reduzir”. Continuar e tentar me controlar não tem valido a pena, e neste fim de semana fiquei fisicamente doente por causa da junção do cigarro (em excesso, afu) com o resto do que eu tinha dito que não ia mais fazer.

Anyway, só pra registrar que parei de fumar. Um fator a menos para a morte prematura. ;D

Agora já ta me dando vontade, mas tenho que ser forte. Vai ser bom. Mimimi. :~

4 comentários:

  1. Hm, apesar de eu definitivamente não ser do tipo que decide fazer algo se dizendo que não vai dar nada - que pode,sim, acabar mal -, uma vez eu fiz isso. Fiz isso de dizer pra mim mesma: imagina, é tão raro acontecer algo ruim com alguém... eu mesma nunca conheci ninguém que tivesse se dado mal. E fiz uma "besteirinha", que "não dá nada".

    Pois é. Uma semana depois, pimba. Tive um AVC. Fiquei em coma, operaram meu cérebro, tive infecção pulmonar, meningite, isquemia de tronco cerebral... enfim, não foi assim tão besteirinha. Se estou escrevendo agora, é porque a vida resolveu me manter viva, porque as estatísticas estavam na porta do quarto pra me pegar.

    Olha, não quero nunca ficar dando uma de "veja bem", "não siga esse caminho" ou sei lá o quê. Mas quando vc falou em se iludir dizendo a sim mesma que não iria acontecer nada, eu inevitavelmente me lembrei da merda que passou pela minha cabeça. E aprendi a ler e prestar atenção, lembrando que mesmo que raro, pode, sim, acontecer. E aconteceu comigo. Não deixe nada aconteça com você.

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  2. Ops! Parabéns pela decisão em deixar o cigarro. Sei que é difícil, ainda que seja algo raro. Mas "tudo o que é vivo se apega ao difícil" (Rilke).

    Beijos, ilustre desconhecida.

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  3. Nossa, nem sei o que dizer. Primeiro de tudo, você já está bem? Quanto tempo faz isso?

    É, coisas assim podem acontecer a qualquer momento, mas algumas coisas causam um aumento exponencial na probabilidade de dar merda, mesmo.

    Não consegui manter a decisão por quase nenhum tempo (e agora estou verde de vergonha). Mas não desisti, e tua história me fez pensar ainda mais.

    Fique bem, e continue se comunicando por aqui, desconhecida, já que pelo seu blog não dá pra pescar muito ultimamente...

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  4. Pois é, meu blog está mumificado. Quero retornar, mas não encontro nenhuma chama que incendeie minha preguiça. Ainda assim, vou passar por aqui às vezes, com certeza.

    E, sim, estou bem, viu. Bem mesmo. Praticamente não tenho sequelas, apesar de toda a merda que me aconteceu. Estou contradizendo as estatísticas. E voltando ao que fui há 1 ano e meio, quando tive o AVC.

    Obrigada pela consideração. E você também fique bem, viu?

    Beijo!

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