quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Expectativa

Peço desculpas, again. Faz um tempo que eu não posto nada. Não posso dizer que foi por falta de tempo, porque tempo foi o que não faltou nos últimos dias. Não que eu tenha aproveitado produtivamente, mas existiu tempo livre.
Começo posts e apago, desisto, volto uns dias depois e faço de novo... Nem sei se esse de agora vai ao ar, mas me obrigo a tentar, pela minha própria sanidade mental.



Acho que o tema do momento é expectativa. Na vida, profissionalmente, afetivamente, financeiramente...

Essa semana fui surpreendida em vários aspectos, em relação ao que eu mesma esperava (nem digo plenamente 'esperava', porque eu não tinha nada o que esperar de fato, mas mais no sentido de como a gente acha que as coisas vão correr, de planejamento de reação à ação mesmo) e (acho) em relação ao que eu achava que os outros esperassem de mim. E fiquei me perguntando o quão saudável é ou não achar que a gente sabe onde está pisando.

O grande problema de esperar (expectativicamente), pra mim, parece ser que eu finalmente entendi que ninguém tem como prever a resposta (reação) do mundo sobre nossos atos. E o problema reside justamente em pensar que o que a gente faz volta. E que a gente controla o mundo à nossa volta a partir disso, ou seja, se você for dedicada e esperta e comedida e querida e insistente e paciente o suficiente, que as coisas acontecem de acordo.

Mentira.

Essas últimas semanas me mostraram que tem coisas que acontecem sem o menor porquê. E que tem outras que, por mais que a gente bote toda a energia do mundo, simplesmente não vão rolar, simplesmente porque o mundo é uma merda e deu.

Acho que a sacada das últimas semanas foi me dar conta de que tenho que aprender a lidar com a agonia de não saber o que vai acontecer nunca. Simplesmente porque qualquer planejamento é uma mentira, conceitualmente. Achar que sabemos ou controlamos algo é uma ilusão, e saber que não se deve esperar nada e tentar apenas lidar minimanente com o que se tem, quando se tem, é muito menos frustrante, por mais frustrante que o vácuo possa ser.

Devo a mim mesma entender e aplicar à minha realidade que nada é certo, nada é para sempre, nada é tão sólido que não possa um dia se decompor nem nada é tão disforme que não possa se compor se as circunstâncias forem favoráeis.

Enfim, vamos assim mesmo, lidando com o que acontece de fato, ou pelo menos tentando. Não tenho saco pra reler mais ada, era isso.

Acho que tenho que interagir mais com o presente, e só. Sem passado, sem futuro. Agora, com o que tem. E era isso. Ta faltando ritalina nesse meu corpinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário